PROJETO: "CINECLUB"
CASA-MUSEU DE VILAR – FILMES & ANIMAÇÃO
VISITA DE ESTUDO: CASA-MUSEU DE VILAR – FILMES & ANIMAÇÃO
Data: 1 de março de 2023
Horário: 8h30 (saída) – 17h15 (regresso)
Destino: Casa-Museu de Vilar – Filmes & Animação / Rua Rui Feijó, nº 921, 4620-890 Vilar de Torno e Alentém, Lousada (Porto)
Destinatários: 16 alunos do 5º C (6 alunos com escalão A e 3 com escalão B) e 21 do 6º C (1 aluno com escalão A e 4 alunos com escalão B da ASE) do Agrupamento de Escolas de Vouzela (AEV)
N.º de pessoas envolvidas: 42 (37 alunos; 5 professores acompanhantes)
Programa: Visita Guiada à Casa-Museu + Mini-Oficina de Cinema de Animação
AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE
No mundo atual, cada vez mais digital e onde a (des)informação jorra de múltiplas fontes, sob múltiplas linguagens e formas e mediado por muitos tipos de textos, o conceito de literacia evoluiu muito, deixando de ser associado apenas à aquisição de competências elementares de leitura, escrita e cálculo, para passar a abranger e a considerar imperativo o desenvolvimento de múltiplas outras literacias – crítica, científica, mediática, digital, financeira, da saúde e bem-estar..., fator determinante para o desenvolvimento sustentável e um meio indispensável de compreensão, interpretação, criação e comunicação para todas as áreas do conhecimento e da vida humana.
O Plano Nacional de Cinema (PNC) – ao qual o Agrupamento de Escolas de Vouzela aderiu no já distante ano de 2012-2013, aquando da sua experiência-piloto-, tem como propósitos, entre outros:
- a implementação da literacia para o cinema junto do público escolar e de divulgação de obras cinematográficas nacionais e internacionais;
- a formação de públicos escolares para o cinema, garantindo-lhes os instrumentos básicos de “leitura” e compreensão de obras cinematográficas e audiovisuais, despertando nos jovens o prazer para o hábito de ver cinema ao longo da vida, bem como a valorização do cinema enquanto arte, junto das escolas e respetivas comunidades educativas.
Todas as atividades realizadas no âmbito do PNC no Agrupamento, e, muito em particular, esta visita de estudo a uma instituição com créditos firmados na área do cinema de animação, da cultura cinematográfica e da cultura em geral, e dirigida por uma personalidade maior no âmbito da arte das imagens em movimento, visaram/visam, em primeira instância, ir de encontro a esses objetivos concretos; e, num plano mais vasto e abrangente, contribuir para o desenvolvimento das competências inscritas no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória, nomeadamente nas áreas: i. da sensibilidade estética e artística (apreciar criticamente as realidades artísticas e tecnológicas, pelo contacto com os diferentes universos culturais; compreender os processos próprios à experimentação, à improvisação e à criação nas diferentes artes, tanto em relação ao património cultural material e imaterial, como à criação contemporânea) ii. de linguagens e textos (utilizar de modo proficiente diferentes linguagens simbólicas associadas […] à literatura, à música, às artes, às tecnologias […]; iii. de pensamento crítico e pensamento criativo (convocar diferentes conhecimentos, utilizando diferentes metodologias e ferramentas para pensarem criticamente; desenvolver novas ideias e soluções, de forma imaginativa e inovadora, […] aplicando-as a diferentes contextos e áreas de aprendizagem; de desenvolvimento pessoal e autonomia (identificar áreas de interesse e de necessidade de aquisição de novas competências; estabelecer objetivos, traçar planos e projetos e serem autónomos na sua concretização); iv. de relacionamento interpessoal (adequar comportamentos em contextos de cooperação, partilha, colaboração e competição; trabalhar em equipa e usar diferentes meios para comunicar e trabalhar presencialmente e em rede; ouvir, interagir, argumentar, negociar e aceitar diferentes pontos de vista, ganhando novas formas de estar, olhar e participar na sociedade).
Todo o programa da visita de estudo e a sua concretização foi de encontro aos pressupostos antes enunciados. A visita guiada ao Museu, orientada pelo próprio Abi Feijó, constituiu uma aula magistral sobre a história da arte do cinema: definição do conceito; princípios (e evolução) das imagens em movimento; protagonistas; artefactos (lanternas mágicas e brinquedos óticos); técnicas de animação; etapas de feitura de um filme animado; (história(s) d)os filmes de Abi Feijó e de Regina Pessoa e materiais por detrás deles (desenhos, storyboards, matérias, ferramentas); parcerias (individuais e institucionais); experiências interativas com os diversos brinquedos óticos para melhor interiorização dos princípios e conceitos básicos das imagens em movimento … Um acervo, material e imaterial, impressionante e riquíssimo!
Na mini-oficina, os alunos tiveram oportunidade de aplicar algum do conhecimento adquirido na construção de uma animação, desde a escolha/o conhecimento (prévios) do argumento, passando pela construção do cenário e das personagens com o material (plasticina, também previamente decidido), e prosseguindo com a concretização das cenas – posicionamento e movimentação das personagens, fotografias, animação… A importância da iluminação foi destacada, bem assim como a necessidade de rigor, precisão, avaliação, repetição… A todos surpreendeu o trabalho, o tempo, a paciência necessários. Uma grande lição! Mas também os resultados.
O tempo disponível foi, pois, demasiado exíguo para a ambição de todos os intervenientes: trazerem consigo, para a escola, o fruto do seu trabalho enquanto realizadores de uma (pequenininha) animação. Mas ficou a promessa de a receberem mais tarde, com os acertos em falta feitos por quem já há muito sabe muito do assunto.
(Profª Maria da Luz Barros)
As visitas de estudo englobam muitas vantagens, o que as transformam em atividades insubstituíveis para os alunos. Quando potenciamos a descoberta fora da sala de aula, as crianças ficam mais motivadas para aprender, independentemente dos conteúdos e das áreas curriculares em questão. A visita à Casa-Museu de Vilar – Filmes & Animação foi extremamente enriquecedora do ponto de vista curricular, social e humano. As técnicas de trabalho desenvolvidas e o contacto mais real e concreto com o mundo do cinema foi extremamente enriquecedor.
(Profª Carla Barbosa)
Interessantíssima visita de estudo, de uma forma global pela abrangência de experiências e, particularmente, pelos conhecimentos alusivos ao cinema, até porque esta Escola aderiu ao PNC desde o seu início e, antes, criou o Cine-Clube, no âmbito do Português.
(Profª Raquel Ferreira)
Quando saímos daqui,
Pensávamos ver o Abi.
Além de andarmos no laró,
Também conhecemos o Feijó!
Vimos técnicas que ninguém imagina,
Que não foram aplicadas à toa!
Muitas exploradas pela Regina,
Que também se chama Pessoa!
Visitámos a Casa-Museu de Vilar,
Onde fomos muito bem recebidos!
Envolvidos num ambiente familiar,
Regressámos mais enriquecidos!
(Prof. Pedro Tadeu)
A VOZ DOS ALUNOS
“Um museu dedicado ao cinema de animação, que nos transporta para a magia da imagem animada. […] Abi Feijó apresentou uma área expositiva que se divide em três salas: uma dedicada ao pré-cinema; outra às obras de Abi Feijó e Regina Pessoa; e outra ao cinema de animação internacional.” (Gabriela Silva, 6.º C)
“Durante a visita, Abi Feijó explicou-nos os princípios das imagens em movimento.” (Benedita Carvalho, 6.º C)
“O próprio explicou a importância da ilusão do cinema, dos flipbooks ou folioscópios, (série de imagens organizadas num bloco que, ao serem folheadas, criam uma ilusão de imagem em movimento), falou dos Irmãos Lumière (que terão tido um papel importante na invenção e no desenvolvimento do cinema), partilhou connosco alguns excertos da sua criação cinematográfica…”. (Ivo Ferreira, 6.º C)
“Na visita guiada ao Museu, Abi Feijó explicou-nos a origem do cinema, como funcionam os brinquedos óticos e as lanternas mágicas, e também como ele fez alguns dos seus filmes. Também falou dos filmes de Regina Pessoa.” (Guilherme Varela, 5.º C)
“[…] mostrou-nos algumas das suas curtas-metragens e das de sua mulher, Regina Pessoa, o(s) significado(s) por detrás delas e como foram feitas. Por último, mostrou-nos filmes que já ganharam prémios, e cujos desenhos e/ou fotos estão expostos lá nas paredes.” (Duarte Ferreira, 6.º C)
“…estivemos com o Sr. Abi Feijó, que nos mostrou as diferentes técnicas para se fazer filmes de animação.” (Francisco Varela, 5.º C)
“Aprendemos que os filmes de animação demoram muitas horas a fazer. […] Utilizámos equipamentos óticos para projetar, numa parede, imagens animadas criadas com as mãos. […] foi possível observarmos vários instrumentos de cinema muito interessantes e centenas de desenhos elaborados por Regina Pessoa, para depois colocar nos seus filmes.” (Duarte Rego, 5.º C)
“Como complemento da visita, tivemos oportunidade de ver algumas projeções de filmes de animação que integram a lista do Plano Nacional de Cinema, alguns deles da conceituada e premiada Regina Pessoa.” (Benedita)
“No período da tarde, participámos numa mini-oficina cujo objetivo era criarmos a nossa curta-metragem, que teve por base (argumento) o poema “A língua do Nhem”, de Cecília Meireles, o qual havia sido lido e explorado na sala de aula. Criámos as personagens com plasticina […], e a técnica de animação que orientava o trabalho ia chamando alunos para moverem as personagens e outros para tirarem as fotos. Com o cenário e os bonecos prontos, tirámos várias fotografias para que, posteriormente, fosse criada a ilusão de movimento – animar o filme - através do recurso a um programa próprio. Essa foi a parte mais divertida. Não houve tempo para concluir o projeto. No entanto, prometeram enviar-nos o filme concluído.” Ivo, Duarte, Gabriela, Benedita)
“A atividade cumpriu o objetivo proposto, uma vez que nos ensinou como fazer um filme de animação - que é muito demorado de fazer -, e proporcionou-nos um contacto muito próximo com o cineasta Abi Feijó.” (Luís Gaspar, 6.º C)
“Eu gostei muito da visita, pois fiquei a conhecer o Abi Feijó e descobri como se fazem filmes de animação. Demoram a criar, mas o resultado fica muito bonito.” (Diana Fernandes, 6.º C)
“Foi uma experiência enriquecedora, que veio aumentar a minha curiosidade cinematográfica. Desde esse dia, tenho estado a desenvolver um trabalho utilizando a técnica do flipbook.” Benedita)
“Foi um dia diferente, que, para além de divertido, proporcionou-nos novas experiências e aprendizagens.” (Ivo)
“Particularmente, adorei esta visita, porque foi interessante ver como se faz um filme de animação.” (Gabriela)
“Gostei muito da visita à Casa-Museu de Vilar, porque aprendi como o cinema funciona e como surgiu.” (Guilherme)
“Eu adorei a Visita de Estudo!!!” (Duarte Rego)